sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Garrafas plásticas se transformam em petróleo

A Envion, empresa norte-americana, desenvolveu um processo secreto para transformar lixo plástico em petróleo cru. Além do processo ser viável em termos econômicos, é extremamente sustentável. Para se ter uma idéia, apenas 4% das 48 milhões de toneladas de lixo plástico são reaproveitados hoje nos EUA.
O processo se da através de um gerador, envolve a extração de hydrocarbonetos do plástico através de um processo de baixa temperatura a vácuo.

Segundo a empresa, um gerador é capaz de transformar 10.000 tons. de plástico em mais de 50.000 barris de óleo cru por ano a um custo de US$17 por ton. Comparando com os custos de reciclagem que é de US$50 a US$150,00 por tonelada, percebe-se que o negócio é sustentável em termos econômicos também.

No momento a Envion está tentando desenvolver uma tecnologia para transformar pneus de carros usados em petróleo (Wow!).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Coca-cola utiliza embalagens feitas de cana-de açúcar

Diante das críticas de ambientalistas ao uso de garrafas plásticas, a Coca-Cola Co. lançou uma nova embalagem parcialmente fabricada a partir de plantas. O vasilhame tem "o mesmo peso, mesmo aspecto e química, e funciona exatamente da mesma maneira" que uma garrafa de plástico normal, segundo a comunicação da empresa.
 A Coca não é a única fabricante de bebidas que está tentando reduzir sua pegada de carbono. A concorrente PepsiCo. Inc. lançou recentemente um saquinho biodegradável feito de plantas para os salgadinhos SunChips.

A Coke lançou sua "plantbottle", ou garrafa-planta, na Conferência sobre Mudança do Clima em Copenhague, e planeja promovê-la mais a partir da Olimpíada de Inverno de Vancouver. "Pesquisas preliminares" mostram que a nova embalagem deixa uma pegada de carbono menor que as garrafas de plástico, alega a Coca.
 As garrafas plásticas são produzidas com tereftalato de polietileno, mais conhecido como pet, derivado do petróleo, um recurso não-renovável. A produção de garrafas plásticas para consumo de bebidas em 2006 nos Estados Unidos demandou o equivalente a mais de 17 milhões de barris de petróleo, segundo o centro de pesquisas ambientais Pacific Institute, da Califórnia.

A nova garrafa feita a partir de material vegetal desenvolvida pela Coca usa 70% petróleo e 30% materiais à base de cana-de-açúcar. A cana é moída para produzir suco, que é fermentado e destilado em etanol. Esse etanol é, por sua vez, convertido por uma série de processos químicos, como a oxidação, para monoetilenoglicol - o derivado do petróleo que é normalmente usada para fabricar garrafas. O monoetilenoglicol é misturado ao ácido tereftálico para criar o plástico pet.

A Coca já requisitou e financiou uma análise no Imperial College London que comparou o "ciclo de vida" da nova garrafa ao de uma garrafa comum, para determinar se há diferença no impacto sobre o meio ambiente, disse Scott Vitters, diretor de embalagem sustentável da empresa. Segundo ele, o estudo descobriu que a produção da garrafa-planta deixa uma pegada de carbono 12% a 19% menor que a da garrafa normal.

Grupos ambientalistas afirmam que a garrafa que a Coca está lançando é um pouco melhor que as garrafas normais de pet, mas dizem que ainda não resolve o problema maior das embalagens plásticas: o fato de que a maioria das pessoas não as recicla.

Apenas 27% dos vasilhames de pet foram reciclados nos EUA em 2008, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Garrafas Pet. A nova garrafa é "definitivamente algo positivo, mas não é algo que me faz pular de alegria", diz Susan Collins, diretora executiva do Instituto de Reciclagem de Embalagens.

Alguns concorrentes questionam a avaliação da Coca-Cola sobre o efeito da nova garrafa no meio ambiente. "É um primeiro passo admirável da Coca", diz Andrius Dapkus, diretor de inovação e renovação da Nestlé Waters North America Inc., divisão de água engarrafada da suíça Nestlé SA. "Mas do jeito que está agora, ainda não sabemos se o impacto ambiental da ´plantbottle´ é melhor, pior ou igual" ao da garrafa à base de petróleo.

Em vez de mudar os ingredientes, a Nestlé continua a reduzir a quantidade de plástico nas garrafas, uma estratégia que a Coca e a PepsiCo também usam. A Nestlé planeja lançar nos próximos meses uma nova versão mais leve de sua garrafa EcoShape, que usa 9,3 gramas de pet, 25% a menos que a versão mais recente.

É realmente estratégico as empresas reduzem o plástico, não o substituirem, e ainda incorporam a palavra "Eco" em seus produtos "modificados" para o bem ambiental. Até quando os consumidores serão induzidos pelo que as indústrias mostram? Acho que este tipo de estratégia de marketing merece atenção.

Novidade nas latinhas de Coca-Cola

A Coca-Cola do México colocou no mercado uma lata de 450 mililitros resselável, produzida pela Ball Corporation. O lançamento faz parte da campanha de comunicação global “Abra a felicidade”. A embalagem chegou ao mercado nas comemorações do Natal e será relançada em maio com motivos da Copa do Mundo da África do Sul. Depois da aberta, a lata pode ser refechada, sem a perda do gás.

É que nem os refrigerantes em garrafas PET. Ainda com a vantagem do plástico do lacre também poder ser reciclado.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carro movido a chocolate vai correr a F3


Kerry Kirwan, da Universidade de Warwick, na Inglaterra chefiou uma equipe que construiu um carro de corrida para a categoria Fórmula 3 que é totalmente sustentável. O carro foi construído com tecidos de linho, fibras de carbono recicladas e resina reciclada. Uma parte do sistema de direção foi moldada com polpa de cenoura. Ele é alimentado por um biocombustível feito com chocolate e gorduras animais (oops!) e todos os seus lubrificantes são feitos a partir de óleos vegetais.
Mas este não é um carro apenas ambientalmente correto. Ele é também muito rápido. O Fórmula 3 "verde" atinge uma velocidade máxima de 215 km/h e faz de 0 a 100 em menos de 3 segundos. 
Já tendo recebido a aprovação de pilotos como Lewis Hamilton e Adam Carrol, além de Ross Brawn, dono da equipe do piloto Rubens Barrichello, o novo carro fará sua estreia no próximo dia 17 de Outubro, durante a prova de Fórmula 3 que será disputada no circuito de Brands Hatch.
A equipe espera provar definitivamente que carros de alto desempenho e competitivos podem ser construídos inteiramente de materiais sustentáveis. "O objetivo deste projeto é mostrar caminhos para que no futuro, as pessoas possam correr de forma 'verde'," diz o Dr. Kirwan.

Estrada verde com pavimento que elimina poluentes

Desde o final de 2008, uma pequena estrada na cidade de Hengelo, Holanda, está pavimentada com um concreto especial contendo um aditivo capaz de capturar as partículas de óxidos de nitrogênio emitidas pelos escapamentos dos carros e caminhões. 
A estrada de Hengelo foi escolhida porque necessitava ser reconstruída e por causa da excelente qualidade do ar da região, que permite um acompanhamento preciso dos resultados obtidos com a pavimentação capaz de eliminar os poluentes.

Partindo de um material desenvolvido por pesquisadores japoneses, engenheiros holandeses criaram a primeira "estrada verde". 
Mais conhecidos pela sigla NOx, os óxidos de nitrogênio estão entre os mais danosos gases poluentes emitidos na atmosfera, sendo os principais responsáveis pela chamada chuva ácida.
O concreto purificador de ar recebe em sua formulação um aditivo à base de dióxido de titânio. Quando exposto à luz do Sol, o material reage com os óxidos de nitrogênio, transformando-os em nitratos, que são inofensivos ao meio ambiente. Basta uma chuva para que todo o pó inerte seja lavado e a estrada fique limpa de novo.


Ainda em 2008 pesquisadores espanhóis anunciaram a criação de uma técnica diferente daquela que foi desenvolvida pelos holandeses, mas que é igualmente capaz de capturar os poluentes emitidos pelos carros e caminhões, neutralizando-os e evitando que o ar seja contaminado.
O produto a ser misturado ao asfalto, batizado de "noxer", permitirá que, em dias de sol forte, sejam eliminados até 90% dos óxidos de nitrogênio (chamados NOx), os mais danosos poluentes emitidos pelos canos de escapamento de carros e caminhões. Em dias de sol mais fraco, segundo os pesquisadores, a eficiência chega ao 70%. 
O composto ativo do material betuminoso que é aplicado sobre o asfalto é o dióxido de titânio, que gera uma reação que captura os óxidos de nitrogênio. O material é usado na forma de um revestimento que se gruda sobre o asfalto. Quando os gases são liberados pelo cano de escapamento, o material gera uma reação química que faz com que esses compostos danosos fiquem grudados sobre o asfalto.
Da mesma forma que acontece na estrada holandesa, uma chuva é suficiente para lavar os resíduos de poluição e fazer com que o material recupere sua capacidade de assimilação.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Estratégia de marketing no mínimo estranha

Meu post de hoje será sobre uma ação de marketing eu diria um tanto estranha, ainda mais de onde vem....
Brindes e amostras grátis são sempre uma boa opção na hora de conquistar o cliente no ponto de venda, mas eles devem ter algum atrativo para efetivamente gerar o impulso da compra. Pode ser uma embalagem mais bonita, durável, ou uma miniatura para viagem, com uma quantidade adicional de produto, dentre outras opções.


A Pantene lançou recentemente um kit viagem que vem de brinde quando compra-se um shampoo e um condicionador, mas, pasmem, o kit viagem é uma miniatura de plástico do tipo descartável (que nem é bonita, nem durável) vazia!!! O consumidor compra o kit e ganha dois frascos vazios (!!!) em miniatura, que ele pode encher, segundo a intenção da empresa, quando for viajar.
A Pantene, que nem é uma marca barata, devia ter um mínimo de bom senso e vender um kit cheio! Será que eles realmente acreditam que duas embalagens de plástico vão incentivar a venda? Além disso, uma empresa desta dimensão e vivência de mercado deveria ter conhecimento do que conquista seus consumidores e não. A equipe de marketing poderia ter planejado, com o mesmo custo, vender um número menor de embalagens promocionais, mas com o frasco cheio. Acho que haveria assim maior respeito ao consumidor.

Deixe aqui seus comentários sobre esta estratégia de marketing, no mínimo, estranha e, talvez até, desrespeitosa.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Casa Cor: referência em sustentabilidade em 2010


Com o tema Sustentabilidade, a Casa Cor 2009 escolheu o Grupo SustentaX como parceiro nacional para orientação dos requisitos e critérios de sustentabilidade, para a realização de todas as 14 “Casas”, promovidas pelo país.


“Estamos desenvolvendo um trabalho de profundidade para que, a partir de 2010, a Casa Cor também passe a ser reconhecida como referência mundial em sustentabilidade em arquitetura de interiores, decoração e paisagismo”, explica Paola Figueiredo, diretora do Grupo SustentaX, responsável por projetos de empreendimentos verdes, marcos quando se fala no assunto no Brasil, como a agência do Banco Real da Granja Viana, em Cotia, que recebeu a 1ª certificação LEED na América do Sul e a loja verde Pão de Açúcar, o 1º supermercado verde da América Latina, entre muitos outros.

O trabalho desenvolvido pela SustentaX em 2009 deverá estar incorporado em todas as futuras edições.

Segundo a diretora do Grupo SustentaX, há uma grande confusão no mercado sobre o que é, realmente, sustentabilidade.

A maioria das pessoas ainda confunde sustentabilidade com ecologia, com baixo conforto, com primitivismo, com baixa qualidade, com falta de beleza, com ausência de sofisticação etc. “Não é nada disso, sustentabilidade é antes de tudo inovação e criatividade para melhorar a qualidade de vida e impactar menos o planeta”, afirma Paola.

Neste sentido, o Grupo SustentaX ministrará palestras, nas cidades em que serão montadas as “Casas”, transmitindo os conceitos e critérios de responsabilidade socioambiental, utilizados mundialmente, aos franqueados e profissionais Casa Cor.

Além disso, disponibilizará materiais de orientação. “O objetivo é que com as informações atuais e alinhadas com as práticas reconhecidas internacionalmente, os profissionais possam desenvolver seus projetos de maneira sustentável mantendo a sofisticação e a originalidade que sempre estiveram presentes nos eventos da Casa Cor”, conclui Paola.


Fonte : Sustentax

O design mostra sua força e seus números!

No fórum da indústria, durante a BrasilDesignWeek em Novembro de 2009, foi apresentado uma pesquisa inédita sobre a contribuição e agregação de valor do Design na indústria brasileira realizada pela ADP (Associação dos Designers de Produto) em parceria com o MDIC. A pesquisa foi realizada em dez setores da indústria, entre eles, casa e construção, moda, automotivo, mobiliário, entre outros.


Os resultados da pesquisa mostraram o Design como ferramenta no desenvolvimento de marcas para a geração  de inovação nas empresas. 
Das empresas pesquisadas, 84% delas afirmam o aumento na competitividade, 82% o aumento do marketshare, 76,5% o aumento no faturamento. 
Para saber mais sobre esta pesquisa e seus números, acesse o site: www.rededesignbrasil.org.br

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Papel de pedra - o papel do futuro

Lançamento inovador no mundo na sustentabilidade, em busca de uma solução para o consumo de árvores em forma de papel, ele agora pode ser feito de pedra! É o chamado RMP (Rich Mineral Paper). É verdade; este novo tipo de papel é fabricado com um pó mineral derivado da pedra e uma pequena infusão de resina não-tóxica. Além disso a sua produção não implica poluição da água nem desperdícios gasosos prejudiciais. Claro que, produzido em grande escala, pode ter algum impacto ambiental pois é necessário o recurso a pedreiras para extrair a matéria-prima, mas é uma alternativa ao impacto provocado pela destruição de milhares de árvores todos os anos para fabricar papel.

O RMP serve todas as funções do papel convencional: pode ser usado para impressões, para embalar produtos, como saco das compras ou qualquer outra coisa!
É impermeável, necessita menos tinta ao se imprimir, é 100% reciclável, e ainda possui um processo de reciclagem mais simples do que o do papel convencional.

O único porém é que se exposto à luz do sol durante seis meses começa a se degradar. Mas se for guardado protegido do Sol, não há problema ;)

Ainda não é fácil encontrá-lo à venda, mas esperamos que a divulgação aumente e assim sua disponibilidade. Quem sabe eles também desenvolvam uma solução que resista ao Sol e, melhor ainda, possa-se utilizar o resíduo de pedras da construção civil como matéria-prima. Seria fechar um ciclo. Quem sabe...

Mais informações: http://www.papeldepedra.com.br/