quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A influência da aquitetura sobre o consumidor

Bem se sabe que a arquitetura pode influenciar o comportamento do consumidor, para o bem ou para o mal.

Um ambiente claro, bem organizado, limpo e bem cuidado, com cores agradáveis é convidativo à visitação, à estadia. Quem nunca teve a sensação de estar a frente de uma loja e, apesar da vitrine bonita, não ter vontade de entrar? Portas pequenas e/ou estreitas, ambientes escuros intimidam a entrada das pessoas. Cores muito fortes, ou muitas cores - dependendo do tipo de comércio - podem ser desagradáveis para a permanência.

Segundo dados do POPAI Brasil, entidade especializada no estudo de merchandising, 81% das decisões de compra e escolha de um produto são efetuadas no local da venda.
Com um número expressivo assim, imagine se o ambiente não é agradável à permanência? Não há promoção que resolva.
 O lay-out, a comunicação visual, o mobiliário, o formato da exposição dos produtos, tudo isso faz parte de um projeto de arquitetura comercial, não apenas o projeto do prédio. É isso que promove interatividade com o público, e daí sua conquista, ou não.

Uma boa arquitetura comercial pode, além de instigar a entrada do cliente, direcionar seu percurso dentro da loja, determinar a sequência e quais produtos ele deve ver - de forma que ele tenha contato com todas as ofertas - e proporcionar uma experiência no local, seja visual, auditiva, de conforto, qualquer que faça aquele momento distinto de qualquer outra loja.

Percebe-se então que o ponto-de-venda, ou a loja em si, é crucial dentro da estratégia de comunicação, e seu desenvolvimento deve ser encarado como tal. Obviamente para uma melhor rentabilidade, o trabalho deve estar integrado às demais ações de marketing. Para existir identificação da marca, todas as peças devem ter um objetivo de comunicação único.
Independente de qual ramo, uma empresa é constituída de pessoas. Entender a necessidade do cliente e atendê-lo com atenção e respeito é o segredo para o sucesso de qualquer negócio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pra que serve o selo verde na construção civil?

Porque os certificados de construção ambientalmente corretas não avaliam todos os impactos de uma obra no Brasil

Assim como outros modismos viraram tendência no mercado imobiliário, o “selo verde” também parece que está se firmando como tendência. Internacionalmente ele é reconhecido pelo certificado Leed – comprovante que uma obra agride menos a natureza. Segundo o site da instituição, desde 1998, quando ele foi criado, mais de 14 mil edifícios já receberam o tal selo pelo mundo.

No Brasil, até 2006, apenas 06 edifícios tinham o Leed. Já em 2007, com a criação do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável que representa o Leeds no Brasil, 36 prédios obtiveram o selo, crescendo para 43 em 2008. Isso mostra que o setor incorporou o princípio da sustentabilidade.
O problema é que o selo verde aplicado aqui só avalia uma fração do impacto ambiental de um prédio, e nem é o de maior impacto.

Isso acontece porque os certificados são adaptações de metodologias criadas para a realidade dos EUA e da Europa, onde o principal objetivo é avaliar se os edifícios tem bons níveis de uso de energia, de economia de água, e se as adaptações estimulam o uso de transportes públicos. Lá, a principal preocupação é o impacto de uma edificação no consumo de água e energia durante o seu uso, recursos escassos, caros e que sua produção piora o aquecimento global. Nos EUA, por exemplo, 70% da eletricidade vem de usinas termelétricas que funcionam a base da queima de carvão ou óleo combustível.

No Brasil, 92% da eletricidade vem de usinas hidrelétricas e nucleares, fontes que não contribuem para o aquecimento global.
Ao contrário da Europa e dos EUA, onde as contruções são altamente racionalizadas, nosso maior problema está na construção e não no uso do edifício.
A instituição Ativos Técnicos Ambientais (ATA) realizou um estudo onde calculou as emissões poluentes de um edifício comercial na obra, durante dez anos de vida útil e na sua demolição. A primeira fase lançou mais de 30 mil toneladas de carbono na atmosfera (considerando a fabricação dos materiais utilizados, o transporte até o local, e a energia consumida por todos os equipamentos no canteiro de obra). Enquanto que os dez anos seguintes alcançou pouco mais de 20 mil toneladas.

Segundo o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em 2001, 70% da madeira ilegal da região era utilizada na construção civil. Também 70% das emissões brasileiras se originam do desmatamento. Além disso, boa parte do ferro utilizado, vem de fornos que queimam carvão vegetal, outro responsável pelo desmatamento.
Apesar deste quadro, o desmatamento ilegal tem peso muito pequeno para os principais selos verdes de construção. Isso acontece porque lá fora quase toda a madeira vem de florestas cortadas de forma sustentável – e como dito, os selos daqui se espelham nos de lá. Um dos objetivos do selo é indicar que o construtor buscou materiais e formas construtivas com menor emissão de carbono – mas ele não evidencia todas as fases e como se chegou lá.

Essas falhas não significam que o selo é inútil. Estes edifícios já apresentam grandes melhorias no impacto ambiental, tanto durante a obra quanto no seu uso. Segundo o próprio Leed, a redução no consumo de luz é de 30% e de água chega a 50%.
Em algum momento estes selos mudarão o peso da origem dos materiais. Até lá, nós podemos também fazer a nossa parte, questionando esta origem seja pra construção daquela “obrinha”, ou da sonhada casa de praia. Afinal, o mercado muda porque o consumidor muda.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Crise segundo Albert Einstein

"Não adianta querer que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo"

A crise é o que de melhor pode acontecer a pessoas e países, pois ela traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as inovações, os decobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, se supera a si mesmo sem ser superado.

Quem contribui a crise e seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a inércia em encontrar saídas e soluções. Sem crise não há desafios, sem desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque sem crise todo vento é uma carícia. Falar de crise é promovê-la, e calar na crise é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.

Albert Einstein